Marcos Piangers subiu ao palco do South Summit Brazil 2023 para falar sobre o futuro com inteligência artificial
Em 2023, é impossível pensar em um evento sobre inovação sem que inteligência artificial não seja o mote principal. Esse é o grande assunto desse e dos próximos anos. Afinal, todo mundo está se questionando a respeito do impacto da IA nas estruturas de trabalho e na sociedade, como um todo.
No último dia do South Summit Brazil, o incumbido de “acordar” o público após a pausa para o almoço foi o palestrante e escritor gaúcho Marcos Piangers. E foi exatamente isso que ele fez. No painel “A Peek into the Future: Economy, Innovation and Creativity”, Piangers empilhou informações não apenas sobre o futuro com IA, mas, também, sobre o presente.
Com a inteligência artificial generativa já desempenhando tarefas até então realizadas apenas por humanos – como a composição de sinfonias – o que vai nos restar? Tudo o que estava restrito ao campo da imaginação agora pode ser real. Mesmo sem as hard skills, qualquer um pode ser programador, escritor, fotógrafo, ilustrador, designer. Basta saber fazer as perguntas certas às ferramentas.
Segundo Piangers, há quem diga que isso pode levar a uma padronização. Sites iguais, imagens iguais, textos iguais. Contudo, ele acredita que já vivemos a era da padronização, onde a todo momento são criados mecanismos para frear mentes criativas. As redes sociais contêm uma multiplicação das mesmas fotos, pelos mesmos ângulos, nos mesmos lugares, com as mesmas hashtags. “A gente virou robô e o robô virou gente” – disse.
Pergunto novamente: o que nos resta?
Para ele, é hora de se reconectar com o nosso “eu interior”, com a criança criativa que um dia já fomos. “Tente explicar para uma máquina o que é empatia”. A única maneira de sobreviver a um futuro imerso em tecnologia é se reconectando ao nosso lado humano.
Sem dúvidas, estamos vivendo um momento histórico de incontáveis possibilidades e, também, incontáveis riscos. A imagem do Papa “fashionista” que viralizou recentemente serve de alerta dos riscos que uma IA sem regulamentações. Sabe aquele ditado “é preciso ver para crer”? E agora que estamos vendo, como diferenciar o real do fake?
Elon Musk veio a público pedir uma pausa no desenvolvimento da IA. Mas essa é, de fato, uma possibilidade? A verdade é que não há como conter a onda da inteligência artificial. Basta aguardar pelos próximos capítulos lembrando que humanos são – e sempre serão – os protagonistas dessa trama.