Uma parte fundamental do desenvolvimento de sistemas e apps é a arquitetura da informação. Esse conceito está associado à ideia de usabilidade e experiência do usuário e visa auxiliar as equipes de TI a chegarem ao melhor produto digital possível, de acordo com o público. Nesse sentido, é de extrema importância entender melhor o conceito e saber para quê ele serve.
Os ideais da arquitetura de informação têm evoluído bastante nos últimos anos. Novos conceitos e metodologias surgiram para otimizar a organização de informações e o design de apps, trazendo uma experiência ainda melhor para seus usuários.
É uma tendência dos nossos tempos produzir aplicativos para clientes, por isso, vale a pena acompanhar esse conceito para criar soluções que vão trazer retorno e gerar vantagem competitiva. Para continuar lendo sobre o assunto, acompanhe este artigo!
O que é arquitetura da informação?
Você já entrou em um site ou um aplicativo e teve dificuldades de encontrar o que queria, por conta de má organização, escolha errada de cores ou por realmente não saber como navegar?
Isso acontece pois não houve aplicação de arquitetura da informação, uma organização de estrutura adequada que permita aos usuários ter uma experiência de navegação fluída pela aplicação ou site.
O termo arquitetura diz respeito ao processo de planejamento e organização de estruturas. O foco é desenvolver algo funcional e esteticamente interessante, em um equilíbrio entre essas dimensões. Preocupa-se com a harmonia entre os componentes, o conforto e a segurança, pensando que vai sempre utilizar aquela estrutura.
Se trouxermos essa perspectiva para analisar a informação, temos a definição que queremos. A arquitetura consiste em um planejamento detalhado das informações dispostas em um sistema, em diferentes camadas. O objetivo é organizar os componentes (menus, submenus, barras de pesquisa, etc.) para tornar as interfaces utilizáveis.
De uma maneira simples, podemos entender a arquitetura da informação como uma ciência que visa organizar dados para tornar as atividades fáceis de serem realizadas e as informações fáceis de serem encontradas. Por isso, aliás, fala-se em encontrabilidade para definir essa área.
Ela, portanto, permite que os usuários cheguem ao objetivo final ao usar uma interface com menos esforço possível. Temos 4 principais componentes desse conceito: organização esquemática, sistemas de rotulagem, sistemas de navegação e sistemas de pesquisa.
A organização esquemática cuida da categorização da informação, destacando umas das outras. Utiliza conceitos de biblioteconomia e de psicologia cognitiva para entender e organizar informações de uma forma que a nossa mente processe melhor. O uso de cores pode ser útil para distinguir as categorias, por exemplo. Nela estuda-se os seguintes pontos:
- carga cognitiva: a quantidade de informação limite a ser processada em um determinado momento;
- modelos mentais: as predefinições da nossa mente antes de utilizar alguma aplicação;
- tomada de decisão: o momento-chave em que escolhemos fazer algo.
Os sistemas de rotulagem organizam a representação da informação, sempre em busca da melhor maneira de acordo com o público. Sistemas de navegação, por sua vez, cuidam do fluxo de informação sequencial para chegar de um ponto do sistema ao outro. Existem diferentes tipos, sendo que em um site são:
- navegação global: mostra a página principal com todas as opções de ramificação dos menus e links superiores;
- navegação local: são os submenus, categorias de um segundo nível, mais específico;
- navegação contextual: são seções dedicadas a recomendações com base no que está sendo visto;
- navegação suplementar: oferece um mapa geral do que pode ser encontrado no site.
Já os sistemas de pesquisas se preocupam com a acessibilidade da informação a partir de dados de pesquisa. São os responsáveis pelas barras e pela encontrabilidade a partir de termos-chave digitados pelo usuário.
Por que a arquitetura da informação é importante?
A arquitetura da informação é extremamente importante para qualquer tipo de aplicação, seja um software, seja um app, seja um site. Um dos motivos para isso é a transparência e a clareza que conduzem a uma melhor experiência do usuário. Como já falamos, a UX está associada à arquitetura.
Afinal, se o usuário entra em um sistema ou site e não consegue acessar as informações que deseja, ele se sentirá frustrado. Segue-se, então, uma má impressão gerada pela experiência, o que provavelmente afastará o cliente daquela marca. Se é um e-commerce, o usuário com certeza vai procurar outra loja para comprar.
Uma aplicação que não investe em uma boa arquitetura da informação se torna inútil para seus usuários. É como um software que não atinge os propósitos para os quais foi criado. Desse modo, não trará os retornos desejados.
Se uma empresa deseja fidelizar o seu público, deve focar na construção de sistemas com arquiteturas sólidas e bem definidas. A partir disso, usuários conseguirão fazer bom uso do app/site e poderão resolver os problemas que desejam com um fluxo fácil e orgânico. É um valor gerado que torna essencial para que aquelas pessoas voltem a utilizar o app/site.
Qual a relação entre arquitetura da informação e SEO?
A arquitetura da informação está diretamente relacionada à otimização para motores de busca, também conhecida como SEO. Isso uma vez que a organização é parte fundamental em uma estratégia de SEO.
Para que um site esteja bem ranqueado, é preciso seguir uma série de regras de organização que garantem que ele seja encontrado pelos motores de busca e ocupe uma boa posição do ranque de respostas das pesquisas.
Contudo, costuma haver certos problemas entre os profissionais que aplicam a arquitetura da informação e o responsável pelo SEO, isso porque são duas perspectivas diferentes de um mesmo assunto.
Enquanto o profissional da arquitetura da informação mantém um olhar mais humano acerca da organização dos dados em tela, o profissional de SEO busca analisar questões que serão exploradas pelos motores de busca.
Por conta disso, é fundamental que cada um dos profissionais estejam alinhados com a forma de trabalho e os objetivos do outro, para que não haja conflitos, mas uma harmonia de ideias. Dessa forma teremos os melhores resultados.
Quais os principais elementos da arquitetura da informação?
A arquitetura da informação é composta por uma série de componentes que dão sustentação às metodologias aplicadas por meio de conhecimentos de várias áreas. São elas:
- biblioteconomia – organização e catalogação das informações;
- psicologia – comportamento humano;
- arquitetura – estrutura da informação e layout;
- rotulagem – aplicação de rótulos e terminologias;
- navegação – orientação e organização do sistema de navegação.
Todas essas áreas combinadas permitem a criação de metodologias de organização de conteúdo e informação que não apenas inserem os dados no site ou aplicativo, mas permitem que os usuários tenham uma boa experiência de navegação.
O profissional que deseja aplicar a arquitetura da informação deve também ter uma noção de cada uma dessas áreas para conseguir construir da melhor maneira possível toda a estrutura de dados de um site ou aplicativo.
Quais as metodologias envolvidas?
Veremos agora quais são as metodologias associadas com esse conceito de arquitetura.
Estrutura hierárquica
Se você analisar como as informações são dispostas em aplicações ou sites perceberá um padrão: a hierarquia. Pensar na hierarquia é organizar uma parte muito importante de qualquer sistema, pois é o que prepara os desenvolvedores para organizar as informações em diferentes níveis.
Nessa parte, fica a definição dos menus e submenus, por exemplo. É preciso estabelecer quais são as informações principais que estarão disponíveis e as que serão secundárias. Quanto às secundárias, é necessário pensar qual será a relação delas com os itens do menu principal.
Depois de pensar e anotar as informações em sua ordem, o time provavelmente chegará a uma árvore que define como o fluxo de informações será visualizado no sistema.
Wireframes
Os wireframes são rascunhos e protótipos de telas que ajudam bastante na organização da arquitetura. Eles descrevem toda a estrutura de uma página ou interface, evidenciando as categorias, hierarquias, fluxos e informações das composições. Assim, o designer poderá seguir e tornar os esboços realidade.
Taxonomia
A taxonomia diz respeito à classificação das informações em determinadas categorias. Trata-se da divisão da informação de forma visual, como com o auxílio de cores, para auxiliar na identificação e, posteriormente, na navegação.
Inventário de conteúdo
Outra importante metodologia para estruturação da informação é o inventário de conteúdo. É uma estratégia para listar todas as informações dispostas nas interfaces e telas do sistema. É uma forma de obter transparência de tudo o que será visualizado.
Como aplicar a arquitetura da informação?
Vamos mostrar para você, de forma exemplificada, como se dá a aplicação da arquitetura da informação a uma estrutura de site. Vamos listar cada uma das ações necessárias para uma organização em hierarquia.
Listar por hierarquia todas as seções do site
Você já deve ter notado que boa parte dos sites institucionais contam com várias abas, como “Empresa”, “Serviços”, “Contato”, entre outras tabuletas. Chamamos isso de seções, uma forma simples de organização de informação.
Os nomes das seções costumam ser padrão pois isso agiliza o reconhecimento por parte do usuário, sendo simples de escanear e encontrar o que se procura de forma rápida.
Contudo, temos empresas que optam por formas menos engessadas, utilizando, por exemplo: “Quem somos”, “O que fazemos”, “Fale conosco”, entre outras formas.
O passo inicial do planejamento da arquitetura da informação de um site é definir quais serão as seções e a sua ordem dentro de uma hierarquia, da mais importante para a menos.
Lembrando que, dentro das seções, podemos ter subseções e assim por diante, até que toda a informação a ser inserida no site esteja dentro do escopo de seções.
Nomeie as seções de forma adequada
Pode ser que sua empresa não queira seguir um padrão comum de nomeação de seções, e não há nenhum problema com isso. É plenamente possível utilizar outras nomenclaturas, mas é preciso atenção.
A melhor forma de nomear seções é ser simples e explícito, garantindo assim que a sua persona consiga identificar as informações descritas no site de forma rápida.
A depender de sua persona, é possível aplicar palavras e frases que façam sentido para o seu público, criando algo mais criativo. No entanto, lembre-se que, nesse caso, menos é mais.
Crie um mapa do site
Antes mesmo de começar a construir a aplicação ou o site, é necessário listar e rotular todas as informações, para ter uma visão geral de como tudo ficará organizado.
Para isso, não é preciso aplicar grandes softwares gráficos, basta trazer para o visual com papel e caneta mesmo, diagramando a forma como a informação será apresentada aos usuários.
A partir dessa construção visual podemos ter uma ideia de como as coisas estão sendo organizadas e se falta algum tipo de informação a ser inserido dentro do diagrama do site ou aplicação.
Desenhe as telas
Um dos últimos passos da organização da informação é o desenho das telas, ou seja, colocar no papel os wireframes, como se fosse uma planta de como o sistema será dividido em tela.
Essa é a construção do layout junto às informações que serão inseridas, dando uma ideia geral de como ficará a organização final do site ou aplicativo. É aqui que se determina onde, dentro do layout, ficará cada uma das informações, menus e botões, e teremos uma visão geral de como se dará a navegação dentro do site ou aplicativo.
Como os wireframes utilizam o tamanho padrão das telas, pode-se ter uma ideia geral acerca da limitação física e do espaço disponível para a disposição da informação.
Teste de forma contínua
O monitoramento é algo contínuo quando falamos na estruturação da arquitetura da informação de um site ou aplicativo, isso porque, mesmo que tenha sido feito um ótimo trabalho, algumas coisas podem ter ficado de fora.
Conforme os usuários navegam, surgem novas demandas e dificuldades são percebidas, fazendo com que sejam necessárias readequações. Isso é algo comum.
Continue realizando testes e busque levantar, por meio de pesquisas, a visão do usuário acerca do site ou aplicativo, buscando sempre aplicar melhorias na arquitetura da informação.
Mesmo que todos os passos anteriores tenham sido realizados, o resultado final pode não ter sido do agrado do usuário, dificultando a navegação. O processo de evolução é contínuo.
A arquitetura da informação é uma das principais preocupações de quem deseja construir um software de qualidade. Para obter melhores resultados na usabilidade e na definição dessa arquitetura em suas aplicações, é sempre ideal contar com o apoio de empresas especializadas, como a Datum.
A Datum tem mais de 20 anos de mercado, com clientes renomados e uma longa jornada no universo dos sistemas de software. Por isso, ela oferece o time ideal para desenvolvimento das soluções que você precisa, com o uso das melhores tecnologias. Dessa forma, o sucesso na eficiência e usabilidade é garantido.
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